terça-feira, 30 de março de 2010

Hoje o meu céu ganhou mais uma estrela

E apesar da tristeza, no filme que sempre nos vem à cabeça só me restam alegrias.

Maria Izabel teve 2 filhos, mas foi mãe de 22. Sempre gostei de ouvir suas histórias de uma cidade do interior, uma menina de 15 anos e um casamento de quadrilha. Foi nessa cidadezinha onde conheceu meu tio, seu primeiro namorado, com quem se casou mais tarde.
Irmã mais velha de 7 filhos, imagino ela ainda moça ajudando a criar todo mundo. Eu com uma só irmã não me imagino fazendo a metade...
Quando eu nasci foi a minha vez de conhecer seu lado mãe. Como tia, tenho certeza de que fez o mesmo aos meus primos, mas, como minha madrinha, gosto de dizer que tive um privilégio a mais, um a mais entre todos os privilégios que ela nos dava só com sua presença. Como madrinha era dessas que não sabem presentear "só com uma lembrancinha" ou não chorar numa valsa de 15 anos. Dizia sempre que fazia gosto em eu me tornar dentista, que seu consultório estava de portas abertas a qualquer hora. Tenho certeza de que paixão como a dela pela odontologia eu nunca poderia ter.
Minha madrinha era assim, marcante, sensível, determinada. Impossível resumir sua história em qualquer lugar.
Nesse filme que vai passando, passado, presente e futuro se misturam. O passado está cravado e ninguém mexe, e o tempo irá tratar de nos deixar todas as coisas boas e únicas, dignas de uma só pessoa.
O presente é tristeza, mas é coisa que se têm mesmo que passar. "Porque (como dizia o poetinha) não há nada sem separação". Maria Izabel, bebel ou, pra mim, apenas tia bel, nunca será esquecida. E por isso nunca morrerá.
Influenciará pra sempre em todas as nossas vidas, como um exemplo de pessoa, de mãe, de mulher.

"E esse é o maior dos sofrimentos: não ter por quem sentir saudades, passar pela vida e não viver." Pablo Neruda

"As estrelas são todas iluminadas... Não será para que cada um possa um dia encontrar a sua?"

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