Não vou mais falar de amor
De dor, de coração, de ilusão
Não vou mais falar de sol
Do mar, da rua, da lua ou da solidão
Meu vício agora é a madrugada
Um anjo, um tigre e um gavião
Que desenho acordada
Contra o fundo azul da televisão
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar...é voar
Não vou mais verter
Lágrimas baratas sem nenhum porque
Não vou mais vender
Melôs manjadas de Karaokê
E mesmo assim fica interessante
Não ser o avesso do que eu era antes
De agora em diante ficarei assim...
Desedificante
Meu vício agora...
É o passar do tempo
Meu vício agora...
Movimento, é o vento, é voar... é voar
Composição: George Israel/Paula Toller
Aquela velha história sobre dar tempo ao tempo me tem sido útil, pra não dizer monótona. Engraçado como a gente fica desnorteado quando alguma coisa muda, mesmo a mudança sendo certa. Nesse último mês me estressei com coisas que antes não me estressava, até chorei com coisas que antes não me importava. Sua chorona, te cuida de perceber seus vícios e se curar de vez - pensava assim. Nunca o "é bom às vezes se entregar" me soou tão convidativo e contraditório. É bom pra quem no final das contas?
O pior de tudo é achar que Rodrigo Amarante fez todas as músicas inspirado em mim. Ô diacho de sentimentalismo de graça... No final é eu sofrendo comigo mesma, grande conclusão. Que ser imbecil, meu Deus, de achar solução em sonhar agora com quem ainda nem conheceu. Fico assim, com ansiedade de viver tudo de uma vez. Quantas horas mais vão me bater até você chegar?
Acho que somos duas!
ResponderExcluir