
Quando eu tinha lá meus 8 anos era conhecida na escola como Julia Azevedo, só. Me chamavam de Julia Azeda, mas nem é engraçado ok? Não era tão legal quanto Herkenhoff.
Seis anos e duas cidades diferentes depois eu volto pra mesma escola. Nesse meio tempo passei a me apresentar agora como Julia Sapucaia. Qual é, muito mais original né? Sem contar que eu AMO as piadinhas que sempre fazem... Uma vez me perguntaram se meu pai desfilava na Sapucaí. Nunca mais esqueci.
Mas aqui não me reconheceram como Julia Sapucaia. Afinal eu era a Julia Azevedo antes pô, indiscutívelmente diferente. É tipo aquelas mulheres que se casam e passam a ser a Sra. sobrenome do marido. Outra pessoa, enfim.
- Eu acho que deva também colocar a Julia Sapucaia professora, ela escreve muito bem.- A fofa da Clarissa disse.
- Julia? Qual delas?
- Sapucaia! - um corinho gritou olhando e sorrindo (maléficamente ao meu ver) pra mim.
- Aah s-a-p-u-c-a-i-a. Esse sobrenome é legal, sapucaia remexe! - disse a professora, enquanto escrevia meu nome no quadro E SE REMEXIA!
*Legenda da foto: Falecida porta - assinaturas de Paula Brandão, diário de 2005 (como sou criativa, risos) e meu amante, Sapo Sapucaia.
ps: O título veio de uma frase muito produtiva e profunda que o José Wilker fica repetindo em Senhora do Destino (não, não fico vendo vale a pena ver de novo, foi uma tarde pré-feriado de ócio)- nem nunca fui na Sapucaí, mas pretendo um dia quem sabe ir. Afinal, "o tempo ruge e a Sapucaí é grande". Hahaha